Textos sobre o aborto VI
Do Primeiro Simposium Internacional Sobre Aborto, realizado nos EUA, saiu o seguinte comunicado:
"As alterações que ocorrem entre a implantação, um embrião de seis semanas, um feto de seis meses, um bebé de uma semana ou um adulto, são meros estados de desenvolvimento e maturação"
"A maioria do nosso grupo não conseguiu encontrar, entre a fecundação e o nascimento, um ponto no qual fosse possível dizer: aqui não está uma vida humana."
(Willke & Willke, Handbook on Abortion, (1971, 1975, 1979 Editions), Ch. 3, Cincinnati: Hayes Publishing Co.)
Para que os critérios façam sentido é necessário que, em certa altura do desenvolvimento, o bebé passe a ser o que antes não era. Mas que pode ele passar a ser quando ele já é um ser-humano? E essa nova natureza resultou de quê ou apareceu de onde?!?
Foi precisamente a falta de fundamento científico da lei do aborto aprovada em 1984 que permitiu o alargamento de prazos em 1997. Mas este alargamento, também ele sem o mais remoto fundamento científico, não terá um único artigo científico a protegê-lo quando surgir uma nova proposta de alargamento de prazos. Como pode alguém ignorar que depois de legalizar o aborto até à semana X nada nem ninguém tem argumentos para impedir a legalização até à semana X+1 e X+2 e X+3 e X+X? Como pode alguém ignorar isto? E se é isto que se pretende, porque não têm os pró-aborto a honestidade de o afirmar já: "O nosso objectivo é legalizar o aborto, em qualquer caso, por qualquer razão, até aos nove meses!"?
E se o objectivo dos pró-aborto não é aquele, estarão eles dispostos a colocar na Constituição um artigo que diga: "A partir da semana X a vida humana é inviolável"? Ou será que não há nenhum argumento à face da Terra que permita aceitar o aborto até à semana X e rejeitá-lo depois disso?...
Etiquetas: Aborto, Constituição, Critérios científicos, Vida humana
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