Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

quinta-feira, abril 12, 2007

Retorno ao Museu Municipal








Era com esta dignidade que o Caixão, dito do Marquês estava exposto no espaço antigo, nos Paços do Concelho.


Hoje, pelas dez horas, voltei ao Museu. Estava aberto. Ainda não o tinha visitado nas novas instalações, está lindo! Tudo muito limpinho e bem iluminado, parecia um Centro de Saúde dos recém construídos, muito higiénico e desinfectado. Portas automáticas abrem-se assim que nos aproximamos, ao nosso lado direito, sobranceira à escada que conduz ao andar térreo, uma moderna secretária bem equipada com computador e telefone e muitos papeis dando um ambiente sóbrio de trabalho. O telefone funciona, ouvi-o tocar e a menina atendeu, o computador não sei se trabalha mas, mesmo que trabalhe, não contém dados sobre o acervo do museu, pois, quando inquiri a menina sobre a peça manuelina que procurava ela, muito solícita, tomou apontamento numa folha de papel para depois interrogar a responsável, Dra. Cidália Botas sobre o paradeiro de tal preciosidade. Sobre a possibilidade de a menina ou alguém me acompanhar ao edifício de apoio ao Museu e tentarmos procurar pela peça, foi-me dito que não podia ser, pois, essas peças tiveram de ser retiradas de onde estavam e levadas para o primeiro piso desse edifício já que o local onde se encontravam tinha sido cedido pelo Sr. Presidente para o Centro de Emprego. Eu ouvi bem, a menina não disse a Câmara Municipal cedeu, disse. O Sr. Presidente cedeu.

A menina, muito agradável, chama-se Sandra e não faz a apologia do Marquês mas também não o maldiz, deixa-nos descobrir tudo sozinhos.

Nota para a minha leitora e comentadora Diabba:

“Querida Diabbinha, não venha a Pombal ver a preciosa peça manuelina, ela não está exposta. Veremos se ainda faz parte do acervo do Museu Municipal.”

Amanhã retomarei as minhas impressões sobre este excelente melhoramento nos equipamentos culturais do concelho: É muito espaçoso!

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4 Comments:

At 7:20 da tarde, Blogger Vegana da Serra said...

Não sei onde os museus arranjam esses funcionários... em Lisboa são às resmas!

Mas verdade seja dita, a culpa às vezes é dos responsáveis dos museus, mas esses não são os que dão a cara, e estão-se nas tintas!

 
At 1:01 da tarde, Blogger João Melo Alvim said...

A Cultura em Pombal, normalmente, visa apenas épater le bourgeois. Mas continue nessas pesquisas sem se esquecer de nos disponibilizar os resultados em forma de post!

 
At 3:47 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A funcionária é nora do presidente da Câmara. Mais esclarecido?

 
At 5:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sinceramente não gostei da visita que fiz (já no ano passado) ao museu do Marquês. Achei-o com papeis (valiosos, sim) a mais, podem-nos dizer muito mas...desculpem-me um museu monográfico destes não devia ter só papeis e retratos do marquês (todos diferentes por sinal). Falta sim muita info da época, e inclusivé mais materiais da altura, penso que não chega haver o molde do chapéus, será que não há chapéus perdidos pelo país? Não deveria este museu ter mais espólio do marquês? Será que não há, nem que seja em Oeiras? Não deveria haver intercambio de peças entre as duas terras do Marquês (Pombal e Oeiras). Falta um trabalho de base sobre a história do marquês na região (aliás ele chegou a ser dono de uma quinta em Soure, quinta essa vendida à alguns anos atrás e que ainda tinha no seu interior mobiliário, alfaias agricolas, adega, etc, tudo isso ainda do tempo do marquês).

Mas pronto mais vale ter que não ter, mas concordo com o PROFESSOR, perdeu-se alguma dignidade na maneira de expor as diferentes peças.

 

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