Prémio Nobel da Literatura sofre!
Aqui há tempos (poucos) José Saramago deu uma entrevista ao DN em que entre outras coisas afirmava (estou a citar de cor): “Não é preciso ser profeta para afirmar que a união de Portugal à Espanha é um facto do futuro.”
Nunca em parte nenhuma da entrevista preconiza, advoga ou sugere tal união, limita-se a constatar um facto.
Esquecidos do Tratado de Methuen e outros que ilustraram e ilustram a nossa sujeição ao estrangeiro, logo os bem-pensantes da nossa cultura, incluindo gente com responsabilidades acrescidas como Vasco Graça Moura ou simples comentadores e escrevinhadores de cartas aos jornais zurziram no Nobel, acusando-o de falta de patriotismo. (Ainda significará essa palavra alguma coisa no vocabulário português contemporâneo?)
O iberismo em Portugal não é um movimento moderno, já é velho de séculos, mas, nos nossos tempos e antes, no Estado Novo, estava e está fora de moda. Hoje é um pensamento muito mais subtil.
Já há tempo que o melhor azeite espanhol é produzido em olivais do Alentejo. E finalmente, hoje o “Diário de Notícias”, no seu suplemento Notícias Sábado, veio mais uma vez dar-nos razão. Pode ler-se na edição de hoje na página 37:
“As grandes quintas começaram a passar para mãos espanholas. Os portugueses vendem e metem o dinheiro ao bolso”.
Etiquetas: Iberismo, Patriotismo, Saramago
2 Comments:
é sempre um gosto requintado ler o k escreves... jinho gordo
É preciso sorrir á vida...tudo irá parecer bem melhor!...
Vem dançar comigo!... :)))
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