Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

terça-feira, maio 20, 2008

Vandalismos


Se a senhora câmara se permite vandalizar o castelo e os espaços envolventes sem a completa prospecção arqueológica que se impunha; se consente a vandalização da zona histórica da cidade em idênticas circunstâncias, quem poderá impedir energúmenos de destruírem a pilastra de início de uma ponte com mais de duzentos anos? Aliás, a senha construtora da mesma senhora já havia construído a inútil ponte pedonal que se vê ao lado esquerdo da foto.

Ai a espantosa necessidade de mostrar obra!

Porque será que nos anos oitenta as construções autorizadas na parte central da cidade impunham arcadas mesmo onde havia passeios funcionais, (edifício Pombal, grupo de edifícios onde está instalada a sede concelhia do PSD, edifício na cabeceira do mercado dos lavradores onde estão entre outros o BES e o Restaurante o Tapa) e os construídos nos anos dois mil, mesmo em ruas estreitas (gaveto da Rua Direita com a Rua de Mancha Pé) já não têm as mesmas serventias, limitando-se as tais arcadas a uns míseros pouco mais de vinte centímetros?

É bem provável que, no entulho da escavação feita para a construção da cave deste prédio, tivessem marchado, para algum obscuro vazadouro, os alicerces vestigiais da muito antiga Albergaria de Álvaro Dias, vigário de Vermoil, como vem referido no livro de Joaquim Eusébio: “Pombal, 8 Séculos de História” Pag. 363, doc. N.º 119 – Albergarias.

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