Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

segunda-feira, dezembro 21, 2009

O maior Problema da Nação


No critério socretino que nos rege, o chamado casamento de homossexuais parece ser a panaceia para todos os males da Nação Portuguesa.

Ora, se a legislação pretende minorar o desconforto das minorias de comportamentos sexuais, outrora ditos aberrantes, para quando a legalidade para os outros: os irmãos que se sentem tão infelizes por não puderem casar com as irmãs e vice-versa; os pais que não podem desposar os filhos e vice-versa; aquele pastor que ama desconsolado a sua cabra ou ovelha, de que será eterno amante; a mulher que ama o seu cão com todas as ânsias do seu corpo fremente de prazer; e mais que todos, o modelo de gosto em que me encontro, e que seria de grande tranquilidade para a minha alma, se fosse transcrito em letra de Lei: o comportamento poligâmico ( e obviamente poliândrico, que não sou de discriminações de género).

Que orgulho se pudessem dizer de mim o que dizem do Prior de Trancoso desde o Séc. XV:

Modelo de Pai da Nação: prior de Trancoso. Provado pelos autos arquivados na Torre do Tombo/Biblioteca Nacional, armário 5º, maço 7.

O documento em depósito é assaz eloquente, dispensando-nos de qualquer esforço promocional deste garanhão português:

Padre Francisco Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta & dois anos, será degredado de suas ordens & arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo & postos os quartos, cabeça & mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido & que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte & nove afilhadas & tendo delas noventa & sete filhas & trinta & sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhos; de nove comadres teve trinta & oito filhos & sete filhas; de sete amas teve vinte & nove filhos & cinco filhas; de duas escravas teve vinte & um filhos & sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas; da própria mãe teve dois filhos; tendo concebido em cinquenta & três mulheres.

El-Rei Dom João II lhe perdoou a morte & o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487 & guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença, devassa & mais papéis que formaram o processo.

http://resistir.info/portugal/aborto_10.html

Tais eram os favores que, em termos demográficos, o País lhe devia.

Assim, sim. A raça portuguesa não se extinguiria como alguns sociólogos já admitem.



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1 Comments:

At 9:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O prior de Trancoso foi assim no século 15. E agora?

Há por aí muito padre com um curriculo.....invejável!
Um amigo.

 

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