Ainda as Obras da Igreja do Cardal
A pergunta de ontem sobre se havia sepulturas na Igreja do Convento era retórica, pois é óbvio que houve. Até o nosso querido marquês lá repousou durante cinquenta e seis anos, creio. O 3.º Conde de Castelo Melhor, fundador e principal pagador da construção do Convento, também provavelmente lá quis ser sepultado.
Segundo o livro «Pombal, 8 Séculos de História», de Joaquim Videira Eusébio, Ed. da Câmara Municipal de Pombal, Exemplar de lançamento, lê-se o seguinte, a pgs. 286:
«Aos quinze dias de Outubro (de 1768), faleceu Maria, infante e filha de João Novais de Sá, administrador da Fábrica dos Chapéus, foi sepultada na igreja do Convento...»
Arquivo Distrital de Leiria, Livro de Óbitos de Pombal, 1746/1772, fls. 245.
Etiquetas: Conde de Castelo Melhor, Fábrica dos Chapéus, Igreja do Cardal, João Novais de Sá, Joaquim Videira Eusébio, Marquês de Pombal, Pombal
4 Comments:
Exactamente, houve sepulturas, já não há. É assim que se preserva o património em Pombal?
Ainda sofro com esta perda que aconteceu há pouco mais de uma semana.
São, salvo erro, 35 sepulturas!!!
Aliás eram!!!!
Profanação de sepulturas é só um dos crimes do Sr. Padre Diamantino na Igreja do Cardal!!!!
Para onde levaram as ossadas? A Câmara disponibilizou algum espaço digno, no cemitério municipal,ao menos?
Saudações.
Caro SM, a informação que deram foi exactamente essa, que eram 35 sepulturas, e julgo que não houve nenhuma atenção relativamente à dignidade de tratamento das ossadas.
Não houve o cuidado de preservar, e ainda gostava de saber como é que se dá início a obras de requalificação num espaço deste tipo e não há ninguém que garanta que nada é feito no sentido de destruir o património. Naturalmente que as pessoas que andam a fazer as obras não terão os conhecimentos e a sensibilidade que permitam perceber que há coisas que simplesmente não se podem destruir, daí haver uma definição muito precisa das obras a realizar e com uma fiscalização permanente.
Já agora, penso que também foi dada uma nova cara ao altar.
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