Só em Pombal é que nada.
A RTP1, hoje, nas notícias da manhã, do Bom Dia Portugal, contava que, na Igreja de Ferreira do Alentejo, em obras de beneficiação e pintura, tinham sido achados vestígios de que a Igreja era, pelo menos, 200 anos mais velha do que se julgava e ,em pelo menos uma parede, em vez de mais uma camada de tinta, especialistas iam começar, cuidadosamente, a levantar, camada sobre camada, para descobrirem a parede e pinturas primitivas.
Aqui em Pombal, é que nunca se encontra nada ou querem-nos fazer crer que nunca se encontrou nada. Começaram obras na Igreja do Cardal. Como costume ninguém sabe realmente o que se vai fazer. Parece que o soalho vai ser melhorado e talvez mexam também em alguns altares de algumas capelas interiores. Há sepulturas no interior da igreja? Estão identificadas com brasões de família ou outras lápides? Muito provavelmente, sim. O que não sabemos é se alguém, especialista em património do bispado de Coimbra, lá irá estudar quaisquer vestígios arqueológicos ou artísticos e, pelo menos, deixá-los descritos se não puderem ser salvos.
Deixemos a arquitectura religiosa, passemos à militar: obras de reabilitação do Castelo.
Foi alterada a zona não edificanda da Zona Exclusiva (ou Especial) de Protecção. Houve movimentações de terras e vão certamente haver mais. Sabemos quase nada sobre a ocupação do morro do castelo na época pré-romana, romana, visigótica, arábica e cristã da Idade Média, previram-se pesquisas arqueológicas durante estas obras para evitar que vestígios únicos fossem definitiva e irremediavelmente perdidos?
À semelhança das obras da Praça Velha que Deus tem, parece-me que não.
Os pombalenses continuam a assistir, impávidos e serenos, à destruição do seu, mesmo que hipotético, património histórico.
Etiquetas: Ferreira do Alentejo, Igreja do Cardal, Património, Pombal
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