A Estrada Nacional n.º 350
A quase barragem da Venda de S. José.
Esta era a Estrada Real da minha infância. Nessa altura sabia só que vinha de Leiria até Albergaria dos Doze, que era macadamizada e que ao hectómetro 8 da Km 22, devíamos entrar no pinhal por um caminho de areia e seixos soltos para chegarmos ao Vale do Freixo.
Mais tarde, consultando mapas das estradas de Portugal do Automóvel Clube, que o meu pai tinha desde 1942, pude observar que a 350 fazia parte e um projecto viário que a destinava a ligar a costa, na Praia da Vieira, à fronteira do Caia, próxima de Elvas. Como tudo o que era feito na época, a estrada era para servir as pessoas e não nenhum grupo económico, por isso tinha muitas curvas e passava por muitas terras.
No lugar de Venda de S. José, da freguesia de Albergaria dos Doze, entroncava uma outra estrada de ligação, a nacional n.º 1-6 que unia e ainda une a 350 à n.º 1, honrosamente promovida a IC2, logo à entrada de Pombal , na Flandres, que hoje chamam Flandes.
Já alertei, num comentário que deixei no blogue “Farpas Pombalinas”, para a quase barragem que estão a fazer no Rio Arunca, neste entroncamento de estradas, motivado pelo alargamento da via.
Este procedimento está a ser realizado, ou vai ser realizado, em todas as pontes estreitas da n.º 1 – 6. São umas quatro transpondo uns quantos ribeiros que correm para o Arunca. Mas em todos se preparam para fazer o mesmo: - substituir um arco de ponte construído por engenheiros do fim do Séc. XIX início do Séc. XX, por obra de engenharia moderna (meia-bola e força), baseada em manilhas de cimento de 80 cm. Estão a estrangular os caminhos das águas naturais, o escoamento das sempre possíveis águas das grandes chuvadas. Depois admiram-se com os prejuízos das cheias como as de Pombal, em 2006. E rezam muito e choram e são muito solidários quando acontecem coisas como as mostradas ontem e e hoje, em todas as televisões, em imagens da ilha da Madeira.
Valha-nos a Nossa Senhora do Testinho!
Etiquetas: Albergaria dos Doze, Engenharia, Estrada Real, Nossa Senhora do Testinho, Pombal, Pontes Estreitas
7 Comments:
Este espelho de modernidade até merece uma rotunda!
Macacos me mordam se não vai ter.
Professor, isto não interessa nada de nada, pois quando encher de água a culpa será sempre mas sempre da quantidade de água que choveu nunca da obra mal feita
masquemlhe disse a si, senhor froffessor que é pra aplicar manihlas no rio arunca?
só mesmo um burro carregado de livros (termo popular para designar professor) pode afirmar q o alargamntodaspontes da en16 e feto com manlhas. abra osolhos
Senhor anónimo (não sei se é mais ou menos que burro) mas ninguém me disse, eu vi as manilhas, fotografei-as e também a movimentação das terras para apertarem as ribeiras.
Só um pequeno pormenor: eu não carrego livros eu leio livros. V. Exa sabe ler ou lê tão bem como escreve?
Saudações.
senhor froffseor, psoso nao saber screver bem como a si, mas nao so setupeido para afirmar que o alargamemto duma ponte no rio arunca seja feta cum manlhas. em vez de ler tantos livros o senhor aperendia mais perguntando a qem trabalha naqelas obras pra que serviam as manlhas
Ia deixar um comentário mas para já vou abster-me até ver no que fica o interessantíssimo diálogo entre um Professor (da velha guarda) e o anónimo que, sem hesitar, lhe desferiu uma valente parelha de coices ;)
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