Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

quinta-feira, junho 10, 2010

Dia de Camões

Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho

Destemperada e a voz enrouquecida,

E não do canto, mas de ver que venho

Cantar a gente surda e endurecida.

O favor com que mais se acende o engenho

Não no dá a Pátria, não, que está metida

No gosto da cobiça e da rudeza

Duma austera, apagada e vil tristeza.

Luís de Camões,

«Os Lusíadas», Canto X, Est. 145

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