Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

CRÉDULOS E CRENTES TUDO A MESMA GENTE

Custa-me a crer que haja pessoas que acreditem em tudo o que ouvem ou lêem. Mas olhando para o que se continua a dizer e escrever fico convencido que sim, há crédulos e crentes por todo o lado. Eu não quero pensar que sou mais esperto que os outros mas vamos lá seguir um raciocínio. O dinheiro não é volátil (embora pareça), ora, se até uma certa data havia e depois deixou de haver, só posso acreditar que mudou de lugar,  nunca que se evaporou.
Há quem fale em "bolhas", que em 2008, uma bolha rebentou e o seu rebentamento levou bancos e bolsas de valores a quedas bruscas e abissais. Ora esta metáfora da "bolha" esconde jogos baixíssimos ou sujíssimos de sorte e azar, mas num casino onde todos os jogos são propositadamente viciados para que a casa nunca tenha prejuízo.
Talvez por ser filho e neto de gente honrada, nunca acreditei em jogos de sorte/azar e considerei sempre as Bolsas de Valores e as aplicações financeiras vendidas pelos Bancos, negócios escuros, que, por estarem longe da minha compreensão, seriam facilmente sujeitos a batota.
Sempre acreditei no trabalho como factor de vida, nunca como forma de enriquecer. Aliás,  sempre me convenci de que, como os bens materiais são finitos, se alguém fica com muitos, outros ficarão sem nenhuns. Por isso, quando oiço alemães e outros, a dizerem que ajudaram os gregos e os portugueses a viverem, eu farto-me de rir, porque eles confundem os bancos e as bolsas de valores destes países, com a generalidade dos seus povos. O dinheiro absorvido supostamente pelos países do sul, não foi parar às mãos, ou serviram para pagar o trabalho das pessoas. Destinou-se sempre a financiar bancos ou instituições de gestão de valores monetários, não mais valiosos que empresas de apostas viciadas, onde poucos ganham muito e quase todos perdem tudo.
Enquanto os mercados e os governos não se regerem por leis justas e reais valores humanos e sociais, bem nos podemos queixar da corrupção,  que não estamos a afirmar nada de consistente e real.

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