Tributo
Iniciaram-se ontem as Comemorações do Quarto Centenário do Nascimento do Padre António Vieira…
Nós, meninos do tempo do fascismo, tínhamos a vantagem de ser colocados, logo muito pequenos, em contacto com o que de melhor se havia escrito
Lembro-me bem do ritmo da leitura de “O Estatuário”, inserido no meu Livro de Leitura da 4.ª Classe! O ritmo, a riqueza e o rigor vocabular para o qual o nosso professor nos chamava a atenção.
«- Obrigado, Sr. Professor José Dias, da Escola n.º 33 de Lisboa, Campo Grande, sem luz eléctrica, no primeiro andar da Esquadra da Polícia, virada para o Jardim, no gaveto da Rua Aboim Ascensão. – Tudo o que me ensinou é útil ainda hoje.» (Depois das cinco horas da tarde, no Inverno, tínhamos um candeeiro a petróleo, na secretária do professor, para a sala inteira.)
Tão diferentes, aqueles textos, das pepineiras que ornamentam os livros escolares modernos.
Hoje, há “doutores” a sair das Universidades que não dominam a Língua e a Escrita Portuguesas tão bem como os meninos da quarta classe de então.
Se a Nossa Pátria é a Língua Portuguesa, então, está cada vez mais pequenininha! Ou sou eu claramente a ficar velho!
Etiquetas: Ensino, Língua Portuguesa, Padre António Vieira
1 Comments:
Se calhar são as duas coisas, Professor :)
Mas realmente, chega a ser confrangedor o estado deste Estado que eu aprendi a idolatrar e acho que começo a detestar...
Também já estou a ficar velho, porra!
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