Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

quinta-feira, março 11, 2010

Um pombalense [quase santo], ignorado


Em Pombal, corria o ano de 1522, nascia na rua das Cannas, o menino António Borges Leitão, que seria cónego de frades lóios em Évora, pelo ano de 1550.
Foi "construtor" de pelo menos dois conventos, um em Coimbra outro em Lisboa, onde em 1602 morreu, com fama de santidade. Por lá ficou conhecido como o Beato António da Conceição.
Foi gerado em Lucrécia Leitão por seu marido João Borges, «ambos ilustres e aparentados com as casas titulares deste reino», como refere o "Progresso Pombalense", de 15 de Setembro de 1877.
Estudou em Coimbra e entrou em religião como cónego da Congregação de São João Evangelista, ou lóios, ou frades azuis, pela cor do seu hábito.
Tinha, segundo é voz do povo, dotes de pregador, profeta e milagreiro.
Conta-se que, quando da grave enfermidade que atingiu o nosso Rei D. Afonso VI, ainda menino, com cerca de três para quatro anos, a grave paralisia que o deixou quase moribundo, foi curada por intercessão do Beato António, de cujo túmulo, D. Luísa de Gusmão mandou vir um osso para que o menino lhe tocasse. Diz-se que só depois disso o Infante D. Afonso começou a demonstrar melhoras.
Como nós adoramos estórias de mistério e imaginação.
Sobre este assunto pode ser consultada uma tese em http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3524.pdf , intitulada «Um «beato vivo»: o P. António da Conceição, CSJE, conselheiro e profeta no tempo de Filipe II», de José Adriano de Freitas Carvalho.

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