Os Tubarão

Os tubarão é bicho mau que tudo come; diz que até madeira e banco!

O Congresso do PS, o que lá se vai dizendo e o que, por fora, se vai comentando, é um bom indicador da grande batalha de tubarões que se avizinha: os vários actos eleitorais.

Vão envolver-se numa guerra sem quartel para ver quem fica com o direito de se banquetear com o que sobra deste país, pequenininho, que tem muito peixe miúdo ladrão e meia dúzia de grandes Tubarões que tudo farão para ficar de barriga cheia.

O peixe miúdo que se contente com beldroegas e couves!

JUSTIÇAS

Comecei o dia a ler Arnaldo Gama, «O Balio de Leça».

Instintivamente lembrei-me dos casos que têm afobado, agitado ou lá o que é, a nossa Política Justiça ou a nossa Justiça Política. (Está um pouco difícil de destrinçar, pelo menos para mim!)

Pois dizia-se em tal livro a páginas tantas (e o paralelismo com a nossa época é indisfarçável):

«Transige-se com o crime, chamando à impunidade virtude. E ninguém ousa fulminar o vício, porque todos sentem lá no fundo da alma as consciências remordidas pelo receio de que, mais cedo ou mais tarde, hão-de vir assentar-se também no banco dos réus.»

Vêem porque ninguém tem coragem de enfrentar a sério a crise e as várias corrupções que a propiciaram?

Já há algum tempo que acho o Governo dos Povos um caso de polícia!

DEMOCRACIA CRIATIVA

O “nosso primeiro” é um politico prolixo tanto nas palavras como nas obras.

Criou,ontem, no parlamento, o conceito de pergunta insultuosa.

Daqui para a frente, tanto neste blogue como na minha vida quotidiana, acho melhor ser mais cauteloso.

Tempo virá em que alguém pergunta a alguém,na rua, que horas são e acaba numa qualquer sala de tribunal respondendo por calúnia, ou ofensa ao bom nome.

Como se dizia de alguns negros que, em Angola em plena guerra civil, perguntavam: “Quando acaba a indepêndencia ?”; também nós não tarda perguntaremos: “Mas esta democracia nunca mais acaba?»

Desculpas

Estou farto de ouvir falar em crise (e de a sentir também no pelo), mas já acho que é demais. Serve para tudo, excepto para que os muito ricos pareçam menos ricos mas continuem a enriquecer, enquanto os mais pobres têm muitas necessidades, cada vez maiores! Mas o que parece preocupar os políticos e os empresários, não é o estado deplorável a que chegou a vida em sociedade, a qualidade de vida e o ambiente, por sua culpa, ganância e desonestidade. O que os está mesmo a preocupar é a degradação do nível de vida, do poder de compra, a diminuição do consumo. E, o que fazem, é tomar medidas paliativas, esperando que rapidamente tudo volte ao antigamente dos lucros fáceis e muitos.
Ora bolas! Não era tempo de procurmos um novo paradigma para a Economia?