Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

terça-feira, setembro 30, 2008

Só o capitalismo pode destruir o capitalismo.

Ferreira Fernandes, jornalista e cronista do Diário de Notícias, afirmava hoje na sua coluna ‘Um ponto é tudo’:

«Groucho era um humorista, preferia o sentido sorridente da vida, os dias do capitalismo feliz. A esses seguiu-se a Terça-Feira Negra (29 de Outubro de 1929) com banqueiros a atirarem-se das janelas dos arranha-céus.»

Ao menos tinham vergonha e aprestavam-se a pagar os seus erros. Hoje, quase oitenta anos passados, os capitalistas perderam até a vergonha e estendem as mãos pedintes aos Governos, que sempre se têm recusado a ajudar os mais fracos, com a conivência dos contribuintes. Mas, para segurar as Bolsas, até estes querem pagar… É que alguns fingem-se trabalhadores mas têm muito a perder se os negócios caírem.

Enquanto não vir os ricos aos tiros nas próprias cabeças não acredito na Crise!

Só o capitalismo pode destruir o capitalismo. Mas não creio que se atreva a fazê-lo.



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sexta-feira, setembro 26, 2008

SOLIDÁRIOS EM DEFESA DOS RICOS E PODEROSOS

Imagem de
profeciaonline.zip.net/arch2007-05-20_2007-05...



Bastou que algumas grandes empresas oscilassem, açuladas por uma gananciosa má gestão, que considera os bens inesgotáveis e o mercado eternamente extensível, para logo os governantes do Mundo acharem que devem agir. A fome e a miséria nunca os incitaram a intervir, mas o possível risco de alguns magnatas ficarem menos ricos, os fez juntarem-se em decisões que considerariam criminosas se fosse para repartir mais equitativamente as riquezas, produzidas no mundo.

Em verdade apetece perguntar: A quem aproveita esta democracia actual? Quem ganha realmente com o desenvolvimento económico das Nações? Os pobres ou os ricos?

Sim! Podem chamar-me ignorante e demagógico mas não mudam o que penso de quem governa. Embora os banqueiros ainda se não suicidem (como na crise de 1929) e os seus gestores guardem as rendas com que conseguiram locupletar-se, estas medidas do Cowboy Bush não devem evitar uma breve Guerra Mundial (Desde o alvorecer da História que as guerras são remédio para a Economia das plutocracias.) Esperemos para ver.



Imagem de

www.obidos.com.br/.../silveira/ladocevida.htm


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quarta-feira, setembro 24, 2008

DUALIDADES QUE TODOS APLAUDEM

Se o Sr. Chavez nacionaliza é um sacana de um ladrão comuna.
Se o Sr. Bush nacionaliza é um salvador da economia mundial.
Mas sou eu que sou burro ou os políticos, sabujos do capital, são isso mesmo? Filhos das inocentes mãezinhas deles?

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sexta-feira, setembro 19, 2008

Estou farto do 174

Há dois ou três dias que as televisões não dão outra coisa: Um show criminoso num autocarro numa cidade brasileira. Acredito que seja propaganda turística ao Brasil, mas eu não estou interessado. Eu nem paro no autoestrada para ver carros destruídos ou pessoas estropiadas! Poupem-me!
Se a comunicação social desse tanto tempo de antena às pessoas de bem, quanto dá ao criminosos, às putas e aos políticos... talvez a violência abrandasse. Às vezes parece que as pessoas se portam associalmentte só para aparecerem na televisão ou verem o seu nome escarrapachado nos jornais.Se estou enganado peço desculpa.
Depois, ainda há os anúncios que publicitam produtos e serviços em cenas violentas, os telejornais, as séries e novelas que fazem a apologia da agressão gratuita e os jogos e os desenhos animados que além de feios se tornaram violentos e sangrentos. Porque nos admiramos que os nossos jovens sejam impiedosos e a sociedade bruta e violenta? Não propagandeamos outra! Todos acham que assim é que é normal, que o desenvolvimento económico e social é isto! Ora abóbora!

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terça-feira, setembro 16, 2008

Em defesa dos cantoneiros

Diário de Notícias de hoje. Clique na imagem para ler mais confortavelmente.


Todas as câmaras desrespeitam os cidadãos. Julgam-se inamovíveis, imunes, impunes a qualquer protesto.

Às vezes, certas máquinas que, directamente ou por interpostas empresas municipais, são compradas, parece, que outra finalidade não perseguem se não alguma comissãozita pela porta do cavalo. É que não está provado que as máquinas façam melhor que os trabalhadores braçais, os cantoneiros de limpeza, silenciosamente.


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sexta-feira, setembro 12, 2008

DIA DE ANOS


Dia de anos

Com que então caiu na asneira

de fazer na quinta-feira

vinte e seis anos! Que tolo!

Ainda se os desfizesse…

mas fazê-los não parece

de quem tem muito miolo.

Não sei quem foi que me disse

que fez a mesma tolice

aqui o ano passado...

no que vem, agora, aposto,

como lhe tomou o gosto,

que. faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal: porque os anos

que nos trazem? Desenganos

que fazem a gente velho:

faça outra coisa; que em suma

não fazer coisa nenhuma,

também lhe não aconselho.

Mas anos não caia nessa.

Olhe que a gente começa

às vezes por brincadeira,

mas depois, se se habitua,

já não tem vontade sua,

e fá-los, queira ou não queira!

JOÃO DE DEUS

(Campo de Flores)


Quando na minha carteira da sala de aula, por cima da Esquadra da Polícia do Campo Grande, na Escola Masculina n.º 33 de Lisboa, lia este poema de João de Deus, longe estava eu de me supor com setenta anos.

O chato, mesmo chato, é olhar para o espelho e ver uma imagem de mim muito diferente de como me imagino:

- A imagem que tenho de mim não é o Maia de setenta anos que observo; é um outro ser, que ainda sou e que me ilude, atribuindo-me metade da idade.

Pobre carcaça velha repleta de ilusões…



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quinta-feira, setembro 11, 2008

COITADITOS!

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terça-feira, setembro 09, 2008

O LUXO DO LIXO

http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20080908/2/6/


Deve ser por isto que a Câmara Municipal de Pombal me cobra tanto pela água, como pela eufemisticamente chamada tarifa de saneamento, tarifa de recolha e tratamento de lixo, tarifa de disponibilidade de ligação de água. (esta então a mais eufemística de todas.)
Sabem porque se chama tarifa e não taxa ou imposto municipal sobre a água os esgotos e o lixo? Vá, não sejam preguiçosos – pensem um pouco!
Os negócios do Ambiente sempre me deixaram nervoso. Por isso, durante muito tempo, recusei-me a fazer qualquer tipo de esforço para separar lixo para reciclagem. O anúncio dos meninos impertinentes, então, levava-me imediatamente a misturar manteiga nas garrafas da cerveja e mexer muito bem papéis com restos de comida. Só recentemente o anúncio da Tânia Ribas de Oliveira, em favor de uma associação qualquer que trabalha contra o cancro da mama, me levou a separar as embalagens para o eco ponto amarelo e, por arrastamento, os vidros para o verde.
Sou do tempo em que as escolas, não tendo orçamento próprio, se serviam da habilidade de venderem os papéis usados, directamente a algumas fábricas ou intermediários para reciclagem, para, um pouco mais desafogadamente, comprarem materiais que faziam falta para um ensino mais eficaz.
Se recuar mais, até ao tempo da escola da minha meninice, vejo muitos andrajosos buscando nos caixotes do lixo papel para venderem e, com os poucos escudos dessa venda, terem um pouco de mais pão.
Eu próprio, porque muito cedo tive o vício da leitura e o dinheiro lá em casa não escorria pelas paredes, juntei trapos e garrafas que ia vender aos ferros-velhos da Rua da Costa, em Lisboa, para comprar os livros que me encantavam.
Agora vejam a minha raiva quando durante uma visita de estudo da Escola às instalações da Valorlis, oiço um engenheireco daquela firma dizer, quando lhe perguntámos pelas mais valias daquele tratamento:
- Está internacionalmente provado que o tratamento dos lixos só dá prejuízos, – e tremendamente zangado!
Havemos de voltar a este assunto, até porque, naquele tempo, ouvimos chamar de engenheiro quase a tantos funcionários quantos os que andavam com as mãos no lixo. Hoje não posso dizer que seja assim.

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sexta-feira, setembro 05, 2008

AO QUE ISTO CHEGOU


O homem (homem?) que matou uma mulher regando-a com petróleo, causando-lhe a morte ao fim de alguns meses de atroz sofrimento, foi libertado, enquanto espera a repetição do julgamento de cuja sentença recorreu. Não satisfeito com esta habilidade ainda se propõe voltar a exercer a sua profissão: professor do 1.º ciclo.

Que valores pode, um gajo certamente de maus fígados, transmitir aos seus alunos? Que sentimentos pode demonstrar diante das crianças? Que confiança inspira na comunidade escolar onde for trabalhar?

Sinto-me envergonhado! E comigo provavelmente todos os professores. (Muitos, pessoas honestas, que nem obtiveram colocação.)

Reparem que ninguém veio a terreiro negar os factos, o que se discute, e justificou o recurso, são aspectos formais do processo.

Irra que é demais!



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quarta-feira, setembro 03, 2008

«OS SAQUEADORES DO PORTUGAL PERDIDO»

«Quase todos os nomeados são directamente responsáveis pelo estado a que chegou o País. Parte do descrédito da acção política a eles se deve. O nosso desalento deixou de ceder a qualquer apelo cívico, e as nossas emoções mais asseadas foram letalmente atingidas. A casta que tomou conta da Pátria devia ser condenada por indignidade nacional. Chega a ser infame a lista das prebendas, das reformas sumptuosas, das funções acumuladas, dos duplos e triplos vencimentos auferidos por uma gente desprezível, que entre si partilha o bolo, num macabro trânsito de interesses.
Os cem jovens que assistem ao conclave de Castelo de Vide vão, com aqueles "professores", aprender - quê? Os exemplos não são virtuosos.»
D.N. de hoje
Baptista-Bastos


Li o teu blogue hoje, meu querido amigo, Pedro Pimpão. Eu também já fui jovem e entusiasta de projectos que eu julgava justos e honestos. Que desilusão!
Receio que a tal Universidade de Verão de Castelo de Vide, que tu vês como um causa boa, seja apenas mais uma das muitas escolas partidárias onde se formam os futuros “Saqueadores deste País Perdido”!

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segunda-feira, setembro 01, 2008

EM LETRA DE FORMA

Para aumentar, clique na imagem.

É bom vermos publicado “em letra de forma” a nossa opinião mesmo que expressa por outrem.

Eu traduzo: Já várias vezes me referi nos jornais locais e no blogue à destruição do Centro Histórico de Pombal (ainda se poderá chamar histórico?) que progressivamente vem sendo praticado de há 50anos para cá, e com esta câmara acelerado. Vejo agora a mesma ideia exarada no livro “Na Terra da Meia-Vaca”, de Maria Luís Brites. Reparem no que ela escreve a páginas 88 da sua obra:

«Uma informação: O centro histórico vai de mal a pior! As ruas antigas estão completamente descaracterizadas. Observai a que foi chamada Rua Direita e a Travessa do Mancha Pé! Uns escarros, uma troça ao Pombal Medieval, um atentado à sua economia. Que poderia recolher dividendos se se pudessem afixar nos cartazes turísticos Vila Medieval – Cidade Moderna (fora dos limites da zona histórica) obviamente.»

Pois é, depois têm o descaramento de falar em candidaturas ao programa POLIS para restauração da zona histórica! Que zona? Ainda sobrou alguma coisa que se vá ainda a tempo de reabilitar?

Tem noticiado, a imprensa local, a existência de investigação da Judiciária às opções urbanísticas e o Parido Socialista concelhio tem denunciado, segundo as mesmas fontes, irregularidades diversas, tanto na chamada zona história como na novíssima do Casarelo mas nunca sabemos do que se está a passar. (Será que alguma vez saberemos?)

Estou convicto de que se estas inquirições forem levadas com seriedade e isenção (e não forem sonegadas informações aos investigadores) aquele prédio do gaveto da Travessa do Mancha Pé, antiga Rua Direita, vai dar para muita polémica e fazer que corra muita tinta e até para que rolem algumas cabeças de técnicos do urbanismo pombalense.

E o Projecto de Urbanismo para a Várzea, baseado num tal Plano de Pormenor da Várzea, alguém sabe o que lhe aconteceu? Eu não sei nada mas gostava de saber se o prédio que substituiu aquele velhíssimo, onde a velhota teve o ataque cardíaco nas inundações de 2006, está legalmente projectado e construído. É que as condições de barragem natural construída com a Avenida António Spínola, ainda não se alteraram. E um barracão enorme que tem uma esquina entrando resvés ao alcatrão da referida avenida? Quem é o proprietário tão importante que não podia ser expropriado para a avenida ficar alinhada?

Enfim, urbanices!



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