Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

quarta-feira, outubro 21, 2009

Em Pombal era o Bom e o Bonito!

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Em Pombal, mesmo tão evoluído tecnicamente em tecnologias da informação, com um Portal, diz a Câmara, várias vezes premiado, é que eu gostaria de ver uma coisa assim! E à semelhança das Sessões da Assembleia da República, transmitidas em directo no Canal Parlamento, também gostaria de assistir às discussões da nossa Câmara e da nossa Assembleia Municipal em directo.
Mas os nossos autarcas são muito envergonhados, ou não gostam de protagonismo ou tem vergonha das suas caras e da sua Cultura [com letra maiúscula para se ver melhor que a de alguns é tão pequena que passa despercebida]!

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segunda-feira, outubro 19, 2009

Diferenças

Amigo de longa data mandou-me por correio electrónico este artigo de Opinião de Mário Crespo, publicado no Jornal de Noticias que não resisto em retransmitir.
É mesmo um pais de deficitária democracia... (valha-nos que os nossos criminosos também são mais pequeninos, mas chateiam muito!)


Diferenças
2009-08-03
Assistir ao duríssimo questionamento da comissão de inquérito senatorial nos Estados Unidos para a nomeação da juíza Sónia Sottomayor para o Supremo Tribunal é ver um magnífico exercício de cidadania avançada. Não temos em Portugal nada que se lhe compare. Se os nossos parlamentares tivessem a independência dos congressistas americanos, Cavaco Silva nunca teria sido presidente, Sócrates primeiro-ministro, Dias Loureiro Conselheiro de Estado, Lopes da Mota representante de Portugal ou Alberto Costa ministro da Justiça. O impiedoso exame de comportamentos, curricula e carácter teria posto um fim às respectivas carreiras públicas antes delas poderem causar danos.
Se a Assembleia da República tivesse a força política do Senado, os negócios do cidadão Aníbal Cavaco Silva e família, com as acções do grupo do BPN, por legais que fossem, levantariam questões éticas que impediriam o exercício de um cargo público. Se o Parlamento em Portugal tivesse a vitalidade democrática da Câmara dos Representantes, o acidentado percurso universitário de José Sócrates teria feito abortar a carreira política. Não por insuficiência de qualificação académica, que essa é irrelevante, mas pelo facilitismo de actuação, esse sim, definidor de carácter.
Do mesmo modo, uma Comissão de Negócios Estrangeiros no Senado nunca aprovaria Lopes da Mota para um cargo em que representasse todo o país num órgão estrangeiro, por causa das reservas que se levantaram com o seu comportamento em Felgueiras, que denotou a falta de entendimento do procurador do que é político e do que é justiça. Também por isto, numa audição da Comissão Judicial do Senado, Alberto Costa, com os seus antecedentes em Macau no caso Emaudio, nunca teria conseguido ser ministro da Justiça, por pura e simplesmente não inspirar confiança ao Estado.
Assim, se houvesse um Congresso como nos Estados Unidos, com o seu papel fiscalizador da vida pública, por muito forte que fosse a cumplicidade dos afectos entre Dias Loureiro e Cavaco Silva, o executivo da Sociedade Lusa de Negócios nunca teria sido conselheiro presidencial, porque o presidente teria tido medo das cargas que uma tal nomeação inevitavelmente acarretaria num sistema político mais transparente. Mas nem Cavaco teve medo, nem Sócrates se inibiu de ir buscar diplomas a uma universidade que, se não tivesse sido fechada, provavelmente já lhe teria dado um doutoramento, nem Dias Loureiro contou tudo o que sabia aos parlamentares, nem Lopes da Mota achou mal tentar forçar o sistema judicial a proteger o camarada primeiro-ministro, nem Alberto Costa se sentiu impedido de ser o administrador da justiça nacional em nome do Estado lá porque tinha sido considerado culpado de pressionar um juiz em Macau num caso de promiscuidade política e financeira. Nenhum destes actores do nosso quotidiano tinha passado nas audições para o casting de papéis relevantes na vida pública nos Estados Unidos. Aqui nem se franziram sobrolhos nem houve interrogações. Não houve ninguém para fazer perguntas a tempo e, pior ainda, não houve sequer medo ou pudor que elas pudessem ser feitas. É que essa cidadania avançada que regula a democracia americana ainda não chegou cá.

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terça-feira, outubro 13, 2009

Puxando a brasa à minha sardinha

Professores autoridade pública

«*Madrid dará al maestro rango de autoridad pública*

*"Los docentes serán autoridad pública en la Comunidad de Madrid. Es una de las medidas que introducirá la futura Ley de Autoridad del Profesor que la presidenta madrileña, Esperanza Aguirre, va a anunciar mañana en la cámara regional, según fuentes de su Ejecutivo, y cuyo texto llevará al hemiciclo en las próximas semanas. La iniciativa de elevar el rango de los maestros ya la asumió el año pasado la Comunidad Valenciana y existe también, aunque sólo para los directores de los centros escolares, en Cataluña, desde hace unos meses. En el caso de Madrid persigue el objetivo de reforzar la figura del maestro. Al ser reconocidos como autoridad pública, los profesores –al igual que jueces, policías, médicos o los pilotos y marinos al mando de una nave- cuentan con una protección especial. La agresión a uno de ellos está tipificada por el Código Penal como atentado contra la autoridad en los artículos 550 a 553, que recogen penas de prisión de dos a cuatro años.(...)"*»

Para quem tem alguma dificuldade em relação à língua de Cervantes, eis a tradução dos dois últimos períodos do texto:
«"Ao serem reconhecidos como autoridade pública, os professores - tal como os juízes, polícias, médicos e pilotos e comandantes de navios - contam com uma protecção especial. A agressão a um professor está tipificada pelo Código Penal como atentado contra a autoridade"»

Além de serem autoridade pública, têm presunção da verdade, o que significa que a sua palavra tem mais valor do que a de outro cidadão.

Em Portugal nestes quatro anos foi o que sabemos.
Quão diferente é o "socialista" Sócrates do seu homólogo Zapatero...

É com termos de comparaçao como este que se consegue corrigir o que está mal. Esforcemo-nos para que se ajude a alterar. YES WE CAN
Este texto não é meu. Conto-vos a história como ma contaram, via correio electrónico

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A Verdadeira Pilinha do Menino Jesus

Dedico este texto aos meus amigos das Farpas Pombalinas, de Pombal, especialmente ao Rodrigues Marques e à JA, com um abraço fraterno.

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sábado, outubro 10, 2009

Comentários, para quê?

No Brasil, em Portugal, no mundo inteiro: A Comédia repete-se!

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quinta-feira, outubro 08, 2009

Ó glória de mandar, ó vã cobiça...

O que certas criaturas,ditas humanas, são capazes de suportar para obterem Poder, no Estado ou nas Autarquias!
Mostram as caras feias, em cartazes, por tudo quanto é sítio; recebem beijos com sabor e cheiro a sardinhas e outros peixes não muito frescos; deixam-se abraçar por crápulas e alguns honestos...
Eu sei que as prostitutas de estrada (profissionais honestas, essas sim!) ganham menos mas a tarefa repugnante é quase a mesma.
Ao que estas políticas criaturas, ditas humanas, se sujeitam!

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terça-feira, outubro 06, 2009

Afinal há regulamentação de ruído. O que faz falta é a sua aplicação.

«À Câmara Municipal de Pombal compete nos termos do Regulamento
Geral do Ruído (RGR), promover as medidas adequadas, de carácter
administrativo e técnico, para a prevenção e controlo da poluição sonora,
nos limites da lei e no respeito do interesse publico e dos direitos dos
cidadãos.
Compete também a Câmara Municipal de Pombal tomar todas as
medidas adequadas para o controlo e minimização dos incómodos causados
pelo Ruído resultante de quaisquer actividades, incluindo as que ocorram
sob sua responsabilidade ou orientação, no respeito dos limites da lei e do
interesse público e dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos

http://www.cm-pombal.pt/seu_municipio/doc_online/regulamentos/regulamento_ruido.pdf

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segunda-feira, outubro 05, 2009

Vivà_república

Pombal, 99º aniversário da mistificação da república. Ainda não eram bem sete horas da manhã mas, no estacionamento da APEPI, bem em frente da janela do meu quarto, já se ouvia o rumor "agradável" do assoprador a motor de folhas e outros detritos, que o pobre homem transportava às costas, muito mais pesado e barulhento do que as antigas vassouras de cantoneiro de que sou saudoso admirador, para juntar, na faixa de rodagem, os montes de folhas para que a moderníssima máquina de aspiração urbana fizesse o seu trabalho. Ruidoso trabalho e antes das oito horas, como manda a Lei poluição sonora, ou eu penso que manda.
Que pena que se confunda mecanização com modernidade e progresso e depois se considere isso qualidade de vida. As pessoas, o sossego e repouso das pessoas já não conta! Poupa-se nos trabalhadores da vassoura para comprar as máquinas que incomodam muito, mas certamente permitem comissões a alguém dos serviços. Quem convenceu a PMU de Pombal a usar aqueles carrinhotos fez negócio, mas não terá pago luvas a ninguém?

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domingo, outubro 04, 2009

Bárbara

Hoje só posso, só devo falar disto:


Aquela cativa
Que me tem cativo,
Porque nela vivo
Já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
Em suaves molhos,
Que pera meus olhos
Fosse mais fermosa.
Nem no campo flores,
Nem no céu estrelas
Me parecem belas
Como os meus amores.
Rosto singular,
Olhos sossegados,
Pretos e cansados,
Mas não de matar.
Uma graça viva,
Que neles lhe mora,
Pera ser senhora
De quem é cativa.
Pretos os cabelos,
Onde o povo vão
Perde opinião
Que os louros são belos.
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.
Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.
Esta é a cativa
Que me tem cativo;
E. pois nela vivo,
É força que viva.

Luís de Camões

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