POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME.
Honoré de Balzac
sábado, agosto 29, 2009
Um livro
Do DN de ontem
O livro ainda não saiu, logo ainda não o li, mas este título é enganador: Saramago não acusa Deus, acusa os homens que o inventaram! E só não pensamos como ele, Saramago, se nunca tivermos lido a Bíblia. Quem a leu sabe que está cheio de histórias edificantes: (Povo Escolhido, Terra Prometida, um Deus cruel que tem o arrojo de pedir a um pai que lhe ofereça um filho em holocausto, matanças tão sangrentas e proporcionais às dos nazis de 1939 a 45, como as dos sionistas de 1948 até aos nossos dias...) Pronto, desculpem, isto não é politicamente correcto. Eu prometo não voltar a dizer que os nomes de Deus podem ser diferentes mas Judeus, Cristãos e Islamitas fizeram o seu Deus à semelhança dos Deuses cruéis dos Sumérios, Babilónicos e Assírios.
Em quem poderemos confiar? Já escrevi sobre ladravazes, ladriscos e ladrões. Mas, também,no órgão máximo da Justiça? Poderá a administração dos povos descer mais baixo?
Não chegará não nos dizerem quem fica com as mais valias da reciclagem, ainda temos de pagar estas tarifas depois de separarmos os resíduos? Até apetece não separar nada! Pois! Mas não é politicamente correcto. O que é correcto, é pagarmos tudo o que querem que paguemos, e caladinhos.
No dia 24 de Agosto de 2009, hoje, visitei o blogue de candidaturaabaixo indicado e verifiquei queo comentário que havia feito à apresentação desta candidatura, que dizia mais ou menos: «Muita parra e pouca uva.» , estava sujeito aaprovação do dono do blogue, o que considero uma limitação democrática.[Nos meus blogues, como podem verificar, nem os anónimos que me insultam são censurados. Muito menos apagados.]
Como o primeiro comentário nunca foi publicado, tentei hoje, na postagem onde ainda era possível fazê-lo, abrir qualquer via de diálogo. Vamos ver o que acontece.Para esclarecimento dos que mesmo acidentalmente me visitam transcrevo o comentáro de hoje:
«Fiz um comentário que nunca apareceu publicado. As postagens seguintes já não permitem comentários.Estará esta candidatura interessada em debater ideias ou, como eu dava a entender no primeiro comentário, só quer publicitar festas e comedorias de apresentação de candidatos.Apresentem objectivos programáticos e deixem-nos discuti-los. Parece que é aí que reside a tão propalada democracia. Respeitem-na,por favor. Ou é pedir muito?»
PS (post scriptum, não partido socialista como alguns poderiam querer interpretar):
Mais uma semana sem Pombal, sem televisão e sem jornais. Escreverei sobre isso no meu blogue de viagens TOMBUCTU. Esta legenda é muito interessante: Neste mesmo ano, a 18 de Março, não muito longe daqui, nascia a minha avó paterna, Emília. Em linha recta, da Torre para lá, são menos de três quilómetros na direcção do sudoeste. Coincidências muito interessantes.
O Correio de Pombal do Pimpão dos Santos caminhava já rapidamente para o ocaso, mas os seus editoriais estavam vivos, mesmo quando falavam de mortos. Vejamos o Editorial desta edição:
«Editorial
Tivemos o privilégio de a conhecer há umas boas dezenas de anos. Então como anteontem, no seu último editorial em o Diabo, Vera Lagoa aliás, Maria Armanda Falcão, olhava a vida e as pessoas, olhos nos olhos, e não calava o que lhe ia na alma, no coração e ou no pensamento.
Cidadã do mundo que cedo extravasou dos limites da Ilha – onde nasceu na então África Oriental Portuguesa - para ser a consciência cívica duma nação.
Militante na primeira linha na luta contra o abastardamento da Pátria, Vera Lagoa foi ela própria: Lutadora e dinamizadora.
Era daquelas profissionais de quem nunca se perde o rasto.
Sem nunca abrir mão da sua razão, jamais cedeu a quem quer que fosse.
Por isso, ao relermos o seu último editorial não podemos deixar de pensar que, se tal lhe fosse humanamente possível, escreveriaa mesma peça em relação a todos quantos, desde o fim da tarde da passada segunda –feira, lhe elogiam predicados que em vida nunca lhe reconheceram.
Pois é. Aconteceu ao Spínola e, agora, à Vera Lagoa.
Vera Lagoa poderá não ficar na história mas, jamais sairá da memória do colectivo que somos.
Morreu uma “mulher de armas”.
Paz à sua alma.
Até um dia
Pimpão dos Santos»
Eu também admirava a Vera Lagoa e, tal como ela, achava, e acho, que a "Descolonização Exemplar" não foi descolonização nenhuma, foi uma "Vergonhosa Debandada".
Comparar um gangster, Dillinger, a um presidente de câmara, Isaltino de Morais, é um pavoroso insulto para os gangsters, principalmente para o visado. Um gangster resolve os seus negócios, opondo a sua inteligência e força à inteligência do banqueiro e dos seus funcionários e não engana nem promete nada a ninguém, salvo a meia dúzia de factotuns que o seguem. O presidente de câmara, ou candidato a tal, faz mil promessas e engana milhares de eleitores para conseguir os seus fins. Com toda a honestidade não sei dizer qual é o mais respeitável mas parece-me ser o primeiro, o gangster – pelo menos, espera-se que não exerça nenhum cargo político.
Os jornais de hoje continuam às voltas com os subentendidos da última entrevista de José Eduardo Moniz.
O-senhor-que-se-segue deve ser a Manuela Moura Guedes!
[Desde o tempo dabirra do filho da Galega para ter um reinozito sópara ele, que somos um povo reconhecido e obrigado aos chefes que mais nos fazem pagar em Impostos!]
Post Scriptum : - Lobo Antunes tem ética a mais para pertencer à Comissão de Ética deste país, deu um parecer desfavorável a uma daquelas bandeiras dos socialistas (será que isto ainda existe?) e o maioral deles não gostou.
Até nas autárquicas eles se aproximam. Qualquer dia estão há mais tempo no governo que o próprio Salazar (o centrão, claro!) Aqui em Pombal temos a originalidade de, sob as fotografias dos cartazes de propaganda dos principais candidatos, eles apresentarem imediatamente o seu programa de acção: ADELINO MENDES quer para os pombalenses Hidroginástica, Natação, Banhos Turcos, Jacuzzi, Danças Latinas, Quiromassagem e Sauna; NARCISO MOTA é mais modesto, fica-se pelo Yoga, Cardiofitness (por causa do Pombal no coração) e Musculação. Sim, que com ele ninguém brinca!
Ó Herculano, se tu soubesses que esta bagunça autárquica ia, no fim do Séc. XX e começo do Séc. XXI, pairar sobre o país que amaste tanto, tinhas nos iludido com as tuas ideias românticas sobre o municipalismo?
«A Entidade Reguladora da Comunicação Social é um órgão bizarro que a maioria dos indígenas deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e cada vez mais mal frequentado desconhece, mas que consome imenso dinheiro de quem paga impostos a um Estado cada vez mais despesista e sem qualquer respeito pelos contribuintes.»