Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

terça-feira, julho 24, 2007

Afinal não foi preciso dançar a "Dança da Chuva"

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segunda-feira, julho 23, 2007

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Esta madrugada choveu...









...mas mesmo assim o peixe morto não foi pelo rio abaixo. Antes pelo contrário, juntou-se nos mouchõezinhos de areia e cascalho. Não está nada bonito!

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domingo, julho 22, 2007

Um Pedido




Há dezenas deles, no Rio da minha terra!

Vocês podem não saber mas não há rio mais importante do que o rio que passa pela minha terra!














Hoje, quando regressava a casa depois da missa das nove, percorri a margem do rio Arunca, entre a Ponte da Infanta D. Maria Teresa e o pontão da Zona Desportiva, pelo lado do Jardim. Há dezenas de peixes mortos – parecem bordalos. Rogo, pois, à Senhora Dona Câmara que mande alguém dos serviços competentes limpar o rio. O Bodo está próximo, já se vêem trupes montando pistas de carrinhos e carrosséis, e não é bonito, durante as festas depois de fechado o açude, os passantes verem peixes mortos a boiar no espelho de água.

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quarta-feira, julho 18, 2007

In memoriam

Estive de férias na Serra da Arrábida e só domingo à noite regressei a Pombal.Liguei-me à net a dar uma vista de olhos nos Jornais da terra e lá encontrei notícia da morte, a 14 de Julho, de Menezes Falcão.Desde que me fixei na cidade, em 1983, muito aprendi com este político e homem de negócios pombalense. Muito mais haveria a aprender com o cidadão Francisco mas, a doença dele e a minha vida, teimaram em afastar-nos a partir do fim da década de noventa. Conservador a 100%, respeitador de ideias diferentes das suas embora nunca, mas mesmo nunca, pactuasse com elas. Conheci-o melhor no tempo em que fui membro da Assembleia Municipal, onde ele ocupava a Presidência, algumas vezes o secretariei em reuniões e pude aperceber-me da finura de espírito e habilidade diplomática para resolver conflitos em situações de grande pressão. Ele que tinha de apoiar um Presidente cujo estilo reprovava profundamente.
Tive pena de não participar nas exéquias pois sinto pesar pela sua morte e endereço por aqui, enquanto o não faço pessoalmente, as mais sentidas condolências à família deste cidadão exemplar da vida pública pombalense. Não nasceu em Pombal mas aqui fixou a sua residência logo que toda a sua actividade profissional aqui era exercida. Que exemplo para outros que aqui fazem as suas vidas profissionais mas se negam a assumir uma vivência cívica pombalense! Estão cá mas não são de cá! (Até o seu domicílio fiscal está noutras terras)
Paz à sua alma, Senhor Menezes Falcão, creia que terá sempre a minha amizade.

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sexta-feira, julho 13, 2007

Visão para o póximo quarto de século em Portugal

Eis, em resumo, o que os políticos actuais estão a fazer aos portugueses:
A classe média emigrará e, forçada pela oligarquia rica que intensificará a exploração do país, não regressará. Os nacionais que ficarem serão os criados, os animadores turisticos, os gígolos, as rameiras, os entreteiners dos ricos turistas que nos visitarem ou comprarem as nossas quintas, os nossos montes, as nossas herdades, os nossos solares e as nossas casas.
Campos e campos de golfe, resorts de luxo, spas, grandes empreendimentos turísticos e imobiliários, espalhar-se-ão por enormes áreas do nosso território.
Portugal será uma riquíssima companhia multinacional, administrada por um Governo, SA não eleito mas nomeado pelos grandes magnatas dos Fundos Monetários Internacionais, especializada em prestação de serviços turisticos aos endinheirados do mundo.
Camões disse: “Pátria, ao menos morro contigo!”
Longe de mim arvorar-me em mérito ao menos comparável ao infimo de Camões mas, como muitos portugueses da minha idade, felizmente, não vou assistir a esse opróbrio!

quarta-feira, julho 11, 2007

Uma medida notável


Destruído o SNS (Serviço Nacional de Saúde) pelo Sr. Correia de Campos, assistimos ao despertar de um novo serviço - o SNA (Serviço Nacional de Aborto) que prenuncia o futuro da Nação: o aniquilamento.

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sexta-feira, julho 06, 2007

Um animal detestável

Não gosto nada de gatos. Mas eles impõem-se-me!
É voz corrente que o gato é o animal preferido dos ditadores.

«Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.»

«Pessoa - “Cancioneiro”»

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quinta-feira, julho 05, 2007

Uma abordagem ultra liberal do Ensino

Por acaso, (estava a trabalhar noutro projecto) encontrei no livro de José Tengarrinha, “História da Imprensa Periódica Portuguesa”, uma citação curiosíssima sobre a reforma da instrução pública do vintismo.
Não resisto a transcrevê-la:

{Decreto de 28 de Junho de 1821.
«As Cortes Gerais, Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa, considerando a necessidade de facilitar por todos os modos a instrução da mocidade no indispensável estudo das primeiras letras: Atendendo a que não é possível desde já estabelecer, como convém, escolas em todos os lugares deste Reino por conta da Fazenda Pública; e querendo assegurar a liberdade que todo o cidadão tem de fazer o devido uso dos seus talentos, não se seguindo daí prejuízo público, decretam: Que da publicação deste em diante seja livre a qualquer cidadão o ensino e abertura de escolas de primeiras letras em qualquer parte deste Reino, quer seja gratuitamente, quer por ajuste dos interessados, sem dependência de exame ou de alguma licença.»}
Se nos limitássemos à leitura das leis escritas era tudo uma maravilha! Mas é nos jornais de uma época ou em comentários de diferentes instituições ou personalidades que podemos aferir a realidade da execução das leis. A maior parte das vezes não tem nada a ver “a bota com a perdigota”.

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quarta-feira, julho 04, 2007

Explicitando o conceito de Sociologia





















Em 9 de Março de 1975, numa livraria central de Buenos Aires, quatro jovens desconhecidos participaram, como interlocutores ocasionais de Jorge Luís Borges, num diálogo transcrito no livro de Maria Esther Vásquez, “Eu, Borges / Imagens. Memórias. Diálogos.” Eis o final dessa conversa:
«Ricardo: - Sou estudante de sociologia.
Borges: - Mas a sociologia existe?
Ricardo
: - É uma nova modalidade de romance.
Borges
: - Do romance fantástico, não?»
É por esta e por outras que Borges é genial!

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terça-feira, julho 03, 2007

O Primeiro Edifício da Escola Primária de Pombal


Hoje encontrei o Manuel no Jardim do Arunca. Logo me lembrei de o interrogar sobre o Pombal da sua meninice, principalmente sobre a escola primária em que andou.

Disse-me que tinha frequentado a Escola Cor-de-rosa.

A “Escola Cor-de-rosa” foi a primeira escola primária de Pombal feita de raiz e confronta a oriente com a Rua Comendador Tomé Feteira, a norte com a Rua S. João de Deus, a sul com a Rua Professor António Fortunato da Rocha Quaresma, a ocidente, no seu antigo pátio de recreio que ia até ao Jardim das Laranjeiras, confronta-se com a actual Escola do 1.º Ciclo, pobre tentáculo adventício e fraco do Agrupamento de Escolas Conde de Castelo Melhor. (O ano passado numa actividade para que fui convidado numa turma de 5.º ano desta escola, nenhum dos seus alunos me soube explicar quem tinha sido o Conde de Castelo Melhor).

Não confundir a “Escola Cor-de-rosa” com a “Casa Cor-de-rosa”. Esta é uma casa, não particularmente bonita, mas emblemática da nossa cidade, situada no Jardim Municipal do Cardal, que até há bem pouco tempo esteve em ruínas, encontrando-se agora quase na fase final da sua recuperação, devido, segundo me disseram, ao interesse do empresário e benemérito de Pombal, António Carrilho.

Quis ainda saber em que escola os pais do meu amigo tinham andado, para poder avaliar se, antes daquela, outras teria havido. Logo me informou que a mãe tinha frequentado a escola do Professor Figueira que era ali na Rua de Ansião, numa casa particular que já foi deitada abaixo, onde estão as “Galerias do Marquês”, em frente da Capela das Almas que hoje é utilizada pelo Sr. Nunes da Frutaria.

Esta capela é contígua, e talvez tenha integrado, ao único palacete que eu conheço em Pombal. É um edifício sóbrio mas bastante bonito. Espanto-me como ainda está de pé e não tenha sido substituído por um empreendimento imobiliário moderno tão ao gosto dos homens de negócios da nossa terra. É uma área muito grande em termos urbanos. Está, ali mesmo, a atrair os olhos gulosos de um “pato bravo” esperto, que consiga dar a volta aos herdeiros que, felizmente para a preservação do edifício, teimam em não se entender pelo dinheiro a pedirem pelo imóvel.

Estou a falar de assuntos e casas que são muito mais antigas em Pombal do que eu. Agradeço, por isso, que quem saiba e queira me possa esclarecer, nos comentários ao blogue, sobre este e outros assuntos das antiguidades de Pombal.

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