Arquivo Municipal de Pombal
Hoje, finalmente, tirei parte da minha manhã para ir ao Arquivo Municipal. Não passei da portaria mas gostei.
É recepcionista, nestas instalações municipais, a D. Ana Rosa (para mim será sempre menina) que conheci na Escola Secundária de Pombal e, enquanto fui adjunto do Presidente da Câmara, era a recepcionista dos Paços do Concelho. Está excessivamente magra, o que não a favorece muito, mas quando lhe disse ao que ia logo me indicou o Dr. Nelson com o qual iniciei a minha conversa, tentando saber qual era o espólio já consultável. Entretanto chegou a minha amiga Dra. Fernanda Pinto e entrámos imediatamente no assunto não sem antes termos feito “uma grande festa” um ao outro pois já há muitos anos não nos encontrávamos. Disse-me que o inventário estava feito mas ainda não acessível ao público... O trabalho prioritário era o que interessava imediatamente à Câmara, nomeadamente à DOMA, se percebi bem, Departamento de Obras Públicas Municipais.
Conversámos sobre o meu interesse em livros de actas da Câmara antigos, principalmente os contemporâneos da extinção dos conventos, os referentes à reforma dos concelhos de 1838 e ao 2º Semestre do ano de 1910, por causa das reacções da Câmara à implantação da República. Disse-me que os livros já tinham sido desinfestados mas que ainda não estavam à consulta pública. Ficou com o meu contacto telefónico para me avisar logo que fosse possível consultar os livros de actas que me interessavam e de igual modo a relação do acervo total do Arquivo.
Como me havia falado que os documentos mais antigos que possuía eram de 1740, logo lhe perguntei se, e como estava a mexer em documentação de Obras no concelho, teria alguma coisa de 1793 a 1795, sobre a Ponde de D. Maria Teresa, no Arunca. Respondeu-me que não, que não tinha notícia que existisse qualquer documentação sobre aquela ponte, que certamente só na Torre do Tombo ou no Arquivo Distrital encontraria alguma coisa. Falámos do quanto era fácil, para alguns documentos, encontrá-los na Internet e dei-lhe como exemplo de serviço bem organizado, o oferecido pelas universidades brasileiras, que até as teses dos seus Cursos disponibilizam on-line e gratuitamente.
Despedimo-nos combinando passar por lá mais vezes para me manter ao corrente dos desenvolvimentos do acervo documental.
E pronto, não consegui nada mas foram muito simpáticos.
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