Blogue do Maia de Carvalho

POR TRÁS DE CADA GRANDE FORTUNA HÁ UM CRIME. Honoré de Balzac

domingo, dezembro 31, 2006

Desejos para 2007







Poder-se-á viver sem paixões?

Que cada um de vós, amigos, caminheiros da rota dos blogues, possa viver as suas, em paz, plenamente!







Usei-os nas bicas da manhã e inspiraram-me…

sábado, dezembro 30, 2006

Cadê os outros?

Imagem do "Público" de hoje

Os assassinos frustrados, defensores acérrimos da “pena de morte” estão felicíssimos.
Saddam foi executado!
Sim?
É o único chefe político criminoso?
Onde estão os outros? Os Bush, os Putin, os Olmert, os big boss dos chineses e os dos coreanos, e tutti quanti, onde estão? Quando serão julgados? Não para serem condenados à morte, mas sentenciados, castigados. Ai! Dos vencidos! Já era assim na Roma antiga. A “justiça” é sempre a dos vencedores. E o que eles quiserem que seja Justiça!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Acabei de ler "O Macaco Gramático"

Ai, a gramática! Que inútil que é, excepto quando pode ser subvertida!
Senhores inventores e promotores das TLEBS, metam a linguística ... , oiçam "o macaco gramático" falar:

« ..., as talhadas de melancia, a romã e as suas grainhas: mosteiro de sangue, a goiaba: gruta de perfume, gargalhadas, brancuras esparramadas, castanholas e exclamações, ais e uis, gongo e pandeiretas, o rumor dos folhos das saias das mulheres, o ruído de chuva dos pés descalços na poeira, risos e queixas: o estrépito de água despejada, troar e reverberar de gritos e cantos, algaravias de crianças e pássaros, criançálgaras e passaravias, pregações dos perendigos, súplicas babosas dos mendigrinos, gluglu de dialectos, fervor de idiomas, fermentação e efervescência do líquido verbal, bolhas e gargarejos que sobem do fundo da sopa babélica e rebentam quando chegam ao ar, a multidão e o seu onduleio, o seu multiveio e a sua multionda, a sua multialude, o seu multissol sobre a soledade, a pobridão sob a asassol, a ondassol na sua solidão, o solalumbre sobre a podritude, a multissó. »

Difícil de entender, é? Não esperava outra coisa. Para entender e saborear um texto é preciso saber língua, falar. Não linguística!...
Se vos diverte, aprendam-na mas não nos queiram impingi-la!
Eu prefiro deliciar-me a ler. Mais: ler é como sexo, chocolate, orgasmo!

O texto em destaque é de "O MACACO GRAMÁTICO" de OCTAVIO PAZ

domingo, dezembro 24, 2006

Boas Festas


A todos os amigos e visitantes do blogue desejo Boas Festas, um Santo Natal 2006

sábado, dezembro 23, 2006

A sombra; a luz: o silêncio.

Vá, venham! Vamos saborear, beber estas palavras, apanhar uma bebedeira de letras: ...

« Mais uma vez pássaros, mais uma vez peixes. As sombras enlaçam-se e cobrem todo o muro. Desenlaçam-se. Bolhas no centro da superfície líquida, círculos concêntricos, tangem lá em baixo sinos submersos. Esplendor desnuda-se com uma mão sem soltar com a outra o sexo do seu par. Enquanto se vai despindo, o fogo da lareira cobre-a de reflexos cobreados. Pôs a sua roupa de lado e abre caminho nadando entre as sombras. A luz da fogueira enrosca-se nos tornozelos de Esplendor e ascende-lhe por entre as pernas até lhe iluminar a púbis e o ventre. A água cor de sol molha-lhe a penugem e penetra entre os lábios da vulva. A língua morna da chama sobre a humidade do sexo; a língua entra e palpa às cegas as paredes palpitantes. A água de múltiplos dedos abre as valvas e fricciona o obstinado botão eréctil escondido nas pregas gotejantes. Enlaçam-se e desenlaçam-se os reflexos, as chamas, as ondas. Sombras trémulas sobre o espaço que respira como um animal, sombras de uma borboleta dupla que abre, fecha, abre as asas. Nus. Sobre o corpo estirado de Esplendor sobem e descem as ondas. Sombra de um animal bebendo sombras por entre as pernas abertas da rapariga. A água: a sombra; a luz: o silêncio. A luz: a água; a sombra: o silêncio. O silêncio: a água; a luz: a sombra. »

OCTAVIO PAZ

«O MACACO GRAMÁTICO»

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Caminhos ou trânsitos?

Há sequências curiosas na corrente dos nossos pensamentos e opções de leitura.

O falatório a propósito das inexplicáveis TLEBS [Como se a matéria intrínseca de uma determinada ciência (neste caso a Linguística) interessasse ou pudesse ser explicada a todos sem ter em conta a idade ou sexo, grau de desenvolvimento psíquico ou cultural.], dois livros sequencialmente lidos, abordando sempre paisagem ou personagens indianas, conjugaram-se para a minha leitura de “O Macaco Gramático”.

É minha convicção, e julgo não estar só nesta ideia, que a gramática se aprende sem estudo, sem terminologia, ao colo das nossas mães, enquanto mamamos o leite da vida carnal e o carinho da linguagem e da saúde mental. Mais tarde, já com as regras impregnadas na nossa maneira de falar, é que vamos descobrindo as regras que utilizávamos sem saber que eram regras. Podemos, então, começar a brincar com a linguagem, a subvertê-la, dando-lhe novas formas, significantes e significados. Depois talvez seja possível dar nome a algumas dessas brincadeiras. Mas nomes simples, perceptíveis, deixando o calão científico para os especialistas, para os metalinguistas.

Parece-me ser este o caminho para uma boa didáctica da Língua Portuguesa. Mas vamos à leitura. - Octávio Paz, Nobel da Literatura de 1990, neste livro, brinca realmente com palavras e conceitos e é aí que reside toda a beleza e magia de “ O Macaco Gramático”.

«Nostalgia da inércia: a preguiça e os seus paraísos congelados. A sabedoria não está nem na fixidez nem na mudança, mas na dialéctica entre ambas. Constante ir e vir: a sabedoria está no instantâneo. É o trânsito. Mas mal digo «trânsito», rompe-se o encantamento. O trânsito não é sabedoria, apenas um simples ir rumo a... O trânsito desvanece-se: só assim pode ser trânsito.»

OCTÁVIO PAZ
«O MACACO GRAMÁTICO»

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Absolvido








Não é possível levar a vida muito a sério!
Se o fizermos a vida vai dar cabo de nós.
Por isso, aqui vai uma anedota, que recebi por e-mail.
 
«Um homem foi trazido perante o juiz e acusado
de ter feito sexo com um cadáver feminino.
Disse o juiz:
 - Em 20 anos de magistratura, nunca ouvi uma coisa tão
nojenta e imoral.
Dê-me uma única razão para eu não o
pôr na cadeia!
- Vou lhe dar não uma, mas TRÊS boas razões:
                1º) Não é da sua conta;
                2º) Ela era minha esposa;
                3º) Eu NÃO SABIA que ela estava morta;
ela SEMPRE agia assim!
ABSOLVIDO!!!»

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Esta espantosa Cidade!

Hoje fui ao Pingo Doce, no Shopping Pombal. Já lá tinha ido depois das inundações mas ainda não tinha parado o tempo suficiente para me aperceber das mudanças…

Uma lápide no espaço dos carrinhos e da guarda das bagagens dos visitantes deixou-me boquiaberto: «PINGO DOCE – INAUGURADO EM DEZEMBRO DE 2006 PELO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA, NARCISO FERREIRA MOTA.»

Fantástico! Então, antes de 25 de Outubro de 2006, o que é que existia naquele local? Se Vexas me disserem que era o Pingo Doce já desde 1996 eu, com fé naquela lápide, tão esclarecedora, dir-vos-ei que mentem!

George Orwell inventou o duplipensar e o reescrever a História de uma forma literária nos seus livros, em Pombal estas utopias vivem-se na comum vida de todos os dias.

Só falta que a nossa Amada Câmara estabeleça periodicamente os nossos cinco minutos de ódio, para assegurar a nossa boa saúde mental, livre de quaisquer desejos de subversão da Ordem Social estabelecida.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Uma Questão de Bom-senso



Não se intitula doutor, nem professor, nem especialista em qualquer das ciências sociais mas aparece como paladino do bom senso a dizer-nos o que já suspeitávamos mas não éramos capazes de exprimir.

Não é toda a explicação do problema mas está, nesta carta de desabafo de um leitor do “Público”, uma das principais causas do insucesso e abandono escolar no nosso país. Era sobre estes casos de Educação Pública, que o Governo se devia interessar. Se a matéria-prima que se manda para as escolas é, e eu sei que a maior parte das vezes é, esta, retratada por este leitor do “Público, então, por mais Regulamentações de Carreiras Docentes que se façam, não há Instrução em Portugal, nem uma sociedade civil organizada política, económica e culturalmente.

Companhias indesejáveis

Caro pai de uma ou mais criancinhas,

Então você ouviu dizer que as criancinhas são "a coisa mais importante do mundo" e acreditou logo à primeira? E você nem sequer quis saber que esse boato só começou em 1945, depois de acabar a Segunda Grande Guerra? E também não quis saber que, antes disso, a importância dada às criancinhas era sobretudo na esperança de que crescessem saudáveis, para terem força, afim de poderem ajudar os pais nos trabalhos físicos? Ou será que você ainda não reparou que a única capacidade da juventude, superior às capacidades dos adultos, é apenas o vigor físico?

Não me diga que você nem sequer sabe que o boato sobre a importância das criancinhas foi lançado porque havia falta de gente na Europa, por terem morrido milhões de pessoas, durante a última guerra. E que esse boato foi lançado para convencer os paizinhos a fazerem muitos meninos, porque estes eram precisos para trabalhar no desenvolvimento dos respectivos países.

Mas você, pelos vistos, percebeu tudo ao contrário ou não percebeu mesmo nada e, em vez de se pôr a fazer meninos de empreitada, fez apenas um, só para mostrar que tinha sido capaz. E depois, espantado e cheio de vaidade por este seu sucesso, talvez por ser, quem sabe, o primeiro da sua vida, vá de fazer da criancinha o emblema do seu sucesso, e toca de gastar o que tem e o que não tem, só para mostrar, aos vizinhos e ao mundo, que você é um homem bem sucedido na vida.

Para além de artilhar a criancinha com roupas e adornos que fazem dela uma tentação ambulante para os delinquentes, você até comprou um automóvel, ou comprou mais outro automóvel, para mostrar que leva a criancinha, de automóvel, à escola.

E não satisfeito com estes disparates todos, você tornou-se dependente da presença da criancinha, para melhorar a sua imagem social de sucesso, com que pretende enganar o público.

Por isso mesmo, você passou a levar a criancinha para tudo o que é sítio. É para os hiper-mercados, é para os centros comerciais, é para os restaurantes, é para as viagens de carro, de barco ou de avião.

E com essa necessidade de andar sempre a mostrar-se, atrelado à criancinha, esqueceu-se, ou não lhe apeteceu, passar mais tempo com ela, em casa, a transmitir-lhe valores e princípios éticos, morais e cívicos e a ensinar-lhe boas maneiras como, por exemplo, não dar gritos, nem guinchos, nem fazer birras, nem pôr os pés em cima das cadeiras e dos assentos dos transportes públicos.

E por causa do seu absentismo e da sua incompetência paternais, sempre que eu vou comer a um restaurante ou fazer uma qualquer viagem e tenho o azar de lá aparecerem, também, você e a sua criancinha, tenho que gramar berros, correrias, gritos e encontrões.

Por isso desengane-se. Se pensa que está a botar figura de homem bem sucedido na vida, por levar a sua criancinha aos restaurantes ou em viagens de avião, está redondamente enganado. Eu e os outros adultos que temos o azar de estarmos também nesses lugares, apenas ficamos a saber que a sua criancinha está mal-educada e que você, pelo menos como pai, não presta.

Pior do que isso: ao dar tudo à sua criancinha, sem que ela tivesse feito algo, bem feito, para merecer todas essas regalias, você é o principal responsável pela criação de mais um jovem que não irá sentir quaisquer incentivos para gostar de trabalhar e de ser independente.

Se acha que não tenho razão, então tente fazer outra criancinha, mas desta vez veja se consegue que ela nasça já com um telemóvel e um canudo de licenciada em ignorância, que é o que está a dar agora, e depois... depois vote num partido que lhe prometa arranjar empregos duradouros para as suas importantes criancinhas, mesmo que elas não queiram, nem saibam, fazer nada.

Pronto! Já desabafei. O resto é consigo.

VITOR MANUEL ALVES – LISBOA
«”PÚBLICO” 14 de Dezembro de 2006»

Mais leituras


Quando li o “Noite Bengali” constatei que uma das paixões [platónica] da Maitreyi era um poeta idoso, Tagore.

Veio-me a curiosidade de ler alguma coisa de Rabindranah Tagore de quem já tinha ouvido falar enquanto aluno do liceu. Encontrei na minha estante “O Naufrágio” e li-o. Gostei. É como um novelo de corda de dois cabos que se vai deslaçando até de novo os cabos se entrançarem numa corda una, forte e flexível.




«- Eu sou Kamala.

O som da sua própria voz pareceu-lhe romper o encanto que a dominava, e estremeceu toda, deixando cair a cabeça sobre o peito sem poder dar um passo, se bem que a fuga lhe parecesse a única salvação possível. Tinha despendido toda a sua força naquelas três palavras; não lhe ficou nenhuma para suportar a sua vergonha. Estava à mercê de Nalinaksha, estava à mercê da sua bondade.

Lentamente, Nalinaksha levou as mãos de Kamala aos lábios, e disse-lhe:

- Eu sei!

Atraiu-a a si, pôs-lhe ao pescoço uma das grinaldas que ela tinha entrelaçado no dia anterior, e murmurou:

- Inclinemo-nos diante d'Ele...

Enquanto os dois, lado a lado, tocavam com as frontes o branco pavimento de mármore, o Sol da manhã abençoou-lhes as cabeças inclinadas.

Erguendo-se, Kamala prosternou-se uma vez mais diante de Nalinaksha. A sua penosa timidez tinha-a abandonado. A sua alegria nada tinha de exuberante, mas sentia-se invadida por uma calma infinita. Cada recanto do seu coração estava cheio de um sentimento absoluto de dedicação, e pareceu-lhe que oferecia, com o seu respeito, a sua vida inteira. De repente, as lágrimas jorraram dos seus olhos, brotadas de uma fonte desconhecida: eram as lágrimas da alegria submergindo por completo a lembrança dos desgostos passados.

Não lhe falou mais, e, depois de ter desviado da jovem fronte os cabelos ainda húmidos, o marido saiu do escritório.

Kamala entregou-se aos seus trabalhos quotidianos, como se se entregasse ao serviço de um deus. A tarefa mais ínfima representava para ela uma prece, subindo ao céu na mais confiante alegria. Ao cair da tarde, Nalinaksha entrou no quarto de Kamala com uma braçada de grandes flores de aruns.

- Kamala – disse ele –, põe estas flores na água para as conservar frescas: esta noite iremos pedir a bênção a nossa mãe.

- Mas – disse ela timidamente – eu não vos disse nada...

- Eu sei tudo.

Kamala, corando, velou o rosto com o sari... »

RABINDRANATH TAGORE
O NAUFRÁGIO

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Textos sobre o Aborto I

Quando nos preparamos para votar um referendo sobre a liberalização do Aborto não é de estranhar que eu e outros bloguistas comecemos a tomar partido pelo SIM ou pelo NÃO de acordo com as nossas idiossincrasias.
Começo com um texto da Universidade Estadual de Rio de Janeiro sobre a pergunta primeira a que devemos responder: Quando começa a vida humana?

http://www2.uerj.br/~clipping/0000541_v.htm

Brechas da lei ameaçam a vida

Estêvão Bettencourt

Teólogo

O debate em torno do aborto depende de uma questão fundamental: quando começa a vida humana? Após as pesquisas do Dr. Jérôme Lejeune tem-se a certeza de que a vida humana começa com a fecundação do óvulo. Existe, então, um novo ser humano que não é parte da gestante, mas tem sua individualidade própria com direito à vida. A Constituição do Brasil, no seu artigo quinto, garante a vida a todo cidadão, de modo que matar um ser humano, ainda que embrionário, vem a ser um crime de homicídio.
O Código Penal, no entanto, não pune o aborto em casos de estupro e de risco de morte da mulher, ao considerar que não se deve penalizar ainda mais quem já está traumatizado. Algo de semelhante se dá quando um filho rouba do pai. A Justiça não o pune em respeito à dor da família, mas não quer dizer que o delito seja legítimo.

A discussão atual sobre o aborto concentra-se principalmente no caso dos fetos anencéfalos (sem cérebro). Diante da constatação de que os bebês não sobrevivem por muito tempo após o nascimento, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu autorizar a interrupção deste tipo de gestação. Cabe observar que, mesmo sem cérebro, a criança é gente e, por conseguinte, tem o direito à vida, que se extinguirá sem dar grande trabalho aos genitores. De resto, deve-se enfatizar que o aborto fere não somente a criança, mas também a genitora, pois a mulher tem o senso de maternidade congênito e sofre por longos anos o trauma de ter matado o seu filho. No caso de uma gravidez indesejada não se deve recorrer à eliminação do feto, mas deixar a criança nascer e doá-la a pais adotivos, que se encarregarão de educá-la com dignidade.

No caso de risco de morte para a mulher grávida, jamais será lícito ao médico escolher entre a vida da mãe ou da criança. Uma vez que este profissional promete salvar a vida, deve procurar salvar mãe e filho, começando pela parte mais carente. Com o avanço da medicina, não é mais necessário recorrer ao aborto dito “terapêutico”, pois há meios de levar a gestante até o parto sem perder a vida da criança e da mãe.

A concessão do aborto em casos excepcionais abre as portas para ulteriores concessões com o surgimento de novas cláusulas que legitimem a prática em casos de eugenia, racismo, fuga do dever, eutanásia e clonagem. Seria o mesmo que dar margem à cultura da morte em vez da cultura da vida.

Cartas a Deus

Meu Deus como ouso eu escrever-te esta carta quando de Ti tanto duvidei e ainda por vezes duvido embora não entenda o Universo sem Ti. É certo que de Ti, ou dos teus mensageiros (Abraão, Moisés, Boudha, Jesus, Maomé), retive o que norteou e norteia a minha vida: "Não matarás", "Que aquele de entre vós que não cometeu pecado lhe lance a primeira pedra” e"... perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido..." e, sobretudo, que o Amor é a essência da vida!

FERNANDO NOBRE
«CIRURGIÃO E FUNDADOR DA AMI»

Parece que os iranianos não acreditam no “Holocausto”



http://holocausto.blogs.sapo.pt/




Mas desde quando é que o “Holocausto” é matéria de Fé?

No Irão pode negar-se o Holocausto mas Deus não. No Ocidente pode negar-se Deus mas o Holocausto não!

Não haverá, aqui, inversão de valores?

Se se podem criar mitos sobre factos reais e bem recentes, por exemplo, “O Desastre de Camarate”, como não se podem criar mitos sobre factos mais antigos como o “Holocausto”, ou mesmo o “Nascimento do Cristo”?

Sobre o Holocausto de Judeus isso devia ser uma verdade judaica, tal como a infalibilidade do Papa é uma verdade católica. Quer dizer o “Holocausto” é tão verdade para os Judeus quanto a Infalibilidade do Papa é verdade para os Católicos. Os outros não devem ser obrigados a verem o assunto da mesma maneira.

Claro que os nazis não foram flores que se cheirassem mas fixar os seus efeitos maléficos apenas sobre os judeus é uma visão redutora dos malefícios do Nacional-socialismo hitleriano.


terça-feira, dezembro 12, 2006

A flatulência





Ri-me a bom rir com os excertos do livro da Carolina Salgado que o 24 Horas publicou na Sexta-feira passada.

Estas coisas dos flatos sempre foram bastante cómicas e já desde o tempo do liceu que eu não me ria tanto com o tratamento literário dado aos flatos.

Vejam este bocadinho da conversa do barbeiro lá da aldeia com o João Semana e seu novel colega Daniel:

«— Enquanto a mim, e até onde chegam as minhas fracas luzes, aquilo é o flato que lhe subiu ao coração. Por isso a doentinha tem aqueles pasmos, que se vêem. Ora os sinapismos, puxando-lhe os humores para os pés, algum bem lhe podem fazer. Mas eu por mim, Sr. João Semana, penso que nestas doenças de retrocesso a matéria reimosa não sai sem sedenho. E que ali há matéria reimosa, - e fel, que é ainda pior - isso é que há. Já vê então... mas isto digo eu; agora lá os senhores que estudaram... – acrescentou humildemente, mas obliquando para Daniel um olhar, de quem estava satisfeito de si.»

JÚLIO DINIS
AS PUPILAS DO SENHOR REITOR


Agora digam se a D. Carolina não merece a nossa maior compreensão.

domingo, dezembro 10, 2006

Ontem...

Ontem à noite, o nosso castelo estava lindo! A Lua é real, não é montagem!
Este castelo merecia uma cidade melhor mas já consta que, com a conivência do IPAR, querem pô-lo de acordo com o resto da cidade.
Ah, Pombal, Pombal! Quem te viu e quem te vê!
Ó Srs. da Câmara e da Construção, nobres fautores do progresso da nossa terra, ainda tendes bastante para destruir!

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Não me parece que seja este o caminho.


«“Aborta!” – dirá o mercado de trabalho à mulher. “Aborta e não me chateies!” – será a protecção que esta obterá da sociedade.»

http://cesaredama.blogs.sapo.pt/

Interrupção Voluntária da Gravidez é um eufemismo para ABORTO. Não disfarcem nem assobiem para o lado.

Por vontade da mulher ou do homem, nunca!

O aborto não pode ser deixado ao alvedrio de cada um. Tem de haver regras! Aborto pago pelo Estado, só com receita médica!!!!